O que uma prova de pneumologia não faz com o sujeito? Revisando, na véspera, de madrugada, após feitas algumas sextilhas mnemônicas sobre as condutas para TEP, DPOC, pneumonias etc., fui tomado por uma vontade doida de escrever à toa. Como quem psicografa, escrevi dezoito sextilhas bem simples. E fiz num intervalo de tempo que não é bem meu: meia hora, estourando. Digo logo aos foristas amigos, confrades das discussões gramaticais, que o mais que fiz foi respeitar a expressão popular dos versos e que, quando der de escrever pés aos moldes das regras de nossa Gramática, a saírem com alguma graça, também não me furtarei de com eles semear esta seara.
Falando, ao telefone, com um bom e velho amigo, que leu os versos com exclusividade, disse-lhe que se me surgiram na mente após um esfervilhamento de juízo que me atacou numa madrugada dessas, após uma crise de tédio. Ele perguntou-me do título… Uma metáfora das coisas bonitas da vida, do (des)controle do homem sobre seu destino, da diferença dos amores mundano e divino, do prumo que dá Nosso Senhor a nossas mãos, para que se possa desenhar, com verdade e beleza, a aquarela da vida.
A Aquarela da Vida
E as Cores que a Vida Tem.
(Gustavo Henrique S. A. Luna)
Quem na vida padeceu Se lamenta tendo amor, Se o calor da união Tragante feito maré Tem um cabra que se mete O amor está em tudo. Pra amar não tem segredo. Assim se vive com Deus A velhice pode vir, | O amor mora na alma. Tudo isso pinta a vida As linhas são tortuosas, Cada traço é uma etapa Quando a vida é recheada Se me toca a aquarela O entremeio é bonito. A vida é esta pintura, Só Deus apruma o teu punho, |
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